📌 O preço da urgĂȘncia: quando tudo Ă© “para ontem”, nada muda de verdade

🎬 Introdução

“É para ontem.”
“Temos de acelerar.”
“Não dá para parar agora.”

Frases como estas são o novo normal em muitas organizaçÔes.
Mas hĂĄ um custo escondido aĂ­:
quanto mais vivemos em urgĂȘncia, menos conseguimos mudar realmente.


đŸ”„ A urgĂȘncia como vĂ­cio organizacional

HĂĄ equipas que funcionam como serviços de urgĂȘncia:
nĂŁo planeiam, reagem.
NĂŁo priorizam, apagam fogos.
E o mais perigoso? Sentem-se orgulhosas disso.

A adrenalina de salvar o dia substitui a estratégia de construir o amanhã.


📍Caso real

Numa empresa tecnológica em Lisboa, uma equipa de desenvolvimento mantinha sempre um quadro com tarefas “hotfix”, “critical now”, “bloqueio comercial”.

Pareciam produtivos. Sempre ocupados. Sempre essenciais.

Mas nos Ășltimos 12 meses:

  • Nenhuma funcionalidade nova foi lançada no produto
  • TrĂȘs talentos-chave saĂ­ram por burnout
  • O roadmap estratĂ©gico foi adiado trĂȘs vezes

Estavam presos num ciclo de reparar sem renovar.


đŸȘžMetĂĄfora: plantar em solo queimado

Imagine tentar plantar novas ideias num solo que acabou de ser consumido pelo fogo.

Nada cresce.

A urgĂȘncia constante esteriliza o terreno da inovação.


🚹 Sinais de alerta

  1. As reuniĂ”es começam com “urgĂȘncias”, nĂŁo com prioridades
    Tudo gira Ă  volta do Ășltimo problema, nĂŁo do plano original.
  2. Pessoas exaustas, mas sem entregas significativas
    Hå suor, mas não hå progresso estratégico.
  3. Baixa capacidade de reflexĂŁo ou aprendizagem
    NĂŁo hĂĄ tempo para pensar, sĂł para agir.
  4. Iniciativas estruturantes sĂŁo adiadas sistematicamente
    Formação, melhoria contínua, inovação? “Quando der.”

đŸ› ïž Como sair da urgĂȘncia tĂłxica

  1. Tornar visĂ­vel o impacto da urgĂȘncia
    Mostrar o que ficou para trĂĄs: oportunidades perdidas, desgaste, erros repetidos.
  2. Criar zonas de respiro estratégico
    ReuniĂ”es quinzenais para decisĂ”es de longo prazo – protegidas da agenda operacional.
  3. Redefinir o que Ă© realmente “urgente”
    O que acontece se nĂŁo for feito agora?
    E se nunca for feito?
  4. Treinar líderes para dizer “não agora”
    Adiar também é uma decisão estratégica.

đŸš« Evita estas armadilhas

  • Celebrar quem vive no caos
    Produtividade nĂŁo Ă© correr sem parar – Ă© avançar com direção.
  • Confundir urgĂȘncia com importĂąncia
    Nem tudo o que grita deve ser atendido.
  • Ignorar os custos emocionais
    Stress constante mina a confiança e a colaboração.

✹ Conclusão

Equipas saudĂĄveis nĂŁo vivem a correr.
Sabem quando acelerar e quando parar.

UrgĂȘncia sem visĂŁo Ă© movimento sem destino.

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