
Durante muito tempo, a formação corporativa foi avaliada pelo termômetro da emoção imediata: se as pessoas sorriram, se aplaudiram, se acharam o dia “leve e divertido”. Esses sinais têm valor —ninguém aprende sob estresse constante—, mas escondem um problema: experiências que geram entusiasmo, mas não mudam nada de relevante no negócio.
Na Konectica acreditamos que a medida do sucesso não está apenas no nível de engajamento do momento, mas na capacidade de mover indicadores críticos. Emoção sem impacto é entretenimento. Impacto sem emoção é imposição. O desafio é criar experiências que façam as duas coisas ao mesmo tempo.
Um exemplo recente foi em uma empresa de logística que nos chamou para trabalhar com seus supervisores. O pedido inicial era um “treinamento motivacional” porque os líderes estavam desanimados. Mas quando chegamos, percebemos que a questão não era falta de motivação, mas falta de clareza: ninguém entendia como suas decisões diárias afetavam os custos e a qualidade do serviço.
Desenhamos então uma experiência simples, mas poderosa. Em vez de uma palestra genérica sobre liderança, criamos uma simulação com dados reais da operação. Cada grupo tinha que tomar decisões em tempo limitado, e a cada escolha, o sistema mostrava em tempo real o impacto em indicadores-chave: atraso nas entregas, custo por quilômetro, satisfação do cliente.
O resultado foi duplo. Sim, houve entusiasmo: os supervisores se envolveram, discutiram, riram, competiram. Mas, mais importante, houve aprendizado estratégico: cada um saiu da sala entendendo como suas microdecisões moviam indicadores que antes pareciam distantes. Três meses depois, os números confirmaram: redução de 12% em custos e aumento de 8% na satisfação.
Essa é a diferença entre experiências que encantam e experiências que transformam. A primeira gera lembranças. A segunda gera resultados. E quando as duas se encontram, nasce o tipo de aprendizagem que realmente vale o investimento.
👉 A pergunta não é “as pessoas gostaram?”, mas: “o que mudou no negócio porque vivemos essa experiência?”